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‘Uma mulher guerreira serve de exemplo para outras’

Por Usaflex 19/09/2022

Fonte de inspiração para muitas mulheres, Lilia Cabral é hoje uma das atrizes mais reconhecidas do país.

Dar vida a personagens fortes e empoderadas é uma especialidade de Lilia Cabral. Dona de uma carreira marcada por sucessos, a atriz já atuou em mais de 40 novelas, filmes e peças de teatro – sempre em papéis marcantes. Ela estrela a campanha de Verão 2023 da Usaflex e, em conversa com o Blog da Usa, contou sobre sua relação com o tempo e a importância de aprender com a maturidade. No bate-papo, Lilia também define o conforto como um estado de bem-estar consigo mesma, e diz que a empatia é fundamental para viver bem.

Em julho deste ano, você chegou aos 65 anos. Completar esta idade te impactou de alguma forma?

Completar 65 anos não me afetou tanto. Na verdade, eu comecei a ter ideia de que a minha vida estava mudando, em relação à idade, quando começou a pandemia. Com a COVID-19, pessoas com mais de 60 anos passaram a ser, oficialmente, idosas [por estarem no grupo de risco para a doença]. Isso funcionou para mim quase como um carimbo. ‘Aqui está. Você é uma idosa!’ Mas esta não é a forma como eu, ou as mulheres na minha idade, se sentem. Eu não parei de trabalhar, minhas amigas também não pararam, e isso não deixou que a gente se sentisse idosa. 

Então, você diria que a chegada da maturidade foi um processo tranquilo para você?

Sim! Eu não convivo com esse peso. Na verdade, a maturidade para mim veio a partir dos 30 anos, quando minha mãe faleceu. Eu não tinha irmãos, minha mãe era uma pessoa sozinha, então eu tive que aprender muitas coisas na raça. Talvez, se não fosse assim, eu não teria conseguido as coisas que conquistei – o reconhecimento do público, principalmente. Então, a maturidade já faz parte de mim há bastante tempo, e eu aprendi muito com ela.

O que você considera importante para se manter bem e confortável com a idade e o corpo que tem?

Penso que é importante estar em constante movimento – e corpo e mente andam juntos nesse sentido. Acredito, também, que é preciso se cuidar. É lógico que eu gostaria de fazer mais exercícios – todo mundo tem esse desejo e é realmente necessário. No entanto, eu sou disciplinada em outras coisas, na alimentação, por exemplo. Cuidar da mente também é muito importante. Eu já fui muito mais estressada na juventude. Agora, eu tenho outras prioridades que não me deixam tempo para me estressar. Depois de uma certa idade, ou você aproveita a vida com o que ela te dá, ou então você está perdendo o seu tempo.

Como você enxerga a experiência de dar vida a diferentes mulheres em sua profissão? Alguma destas personagens te ensinou algo que tenha lhe marcado? 

Eu me sinto muito realizada com isso, pois todos os papéis nos ensinam alguma coisa. Mesmo as mulheres mais cruéis, mais rancorosas, mais amarguradas que interpretei me ensinaram de alguma forma. Às vezes, elas ensinam o que vale a pena viver, outras, o que não vale. Se eu tivesse que escolher apenas uma, entre as muitas mulheres que vivi, eu citaria a Griselda de Fina Estampa. Ela foi uma personagem que elevou o significado de empoderamento para mim. Uma mulher batalhadora, que lutava pela própria sobrevivência e a de seus filhos.

Lutar pelo fim da violência contra as mulheres deveria ser um compromisso de todos. O que você acha que falta para despertar essa luta coletiva?

Acredito que falta dar visibilidade a essa causa e reconhecer as dificuldades vividas pelas mulheres. Em A Favorita, minha personagem, a Catarina, era vítima de abusos. O marido dela, o Leonardo [interpretado por Jackson Antunes] era extremamente violento. Na época, esse trabalho contribuiu para o aumento das denúncias de violência em 25% no Brasil. A educação também tem papel fundamental nisso tudo. Pois, quando você educa corretamente, não ensina apenas que não se pode bater nas mulheres. Você ensina que não pode bater em ninguém. Sem a educação, nem as denúncias surtem o efeito desejado, pois a mulher pode ficar à mercê de um marido que a ameaça. Então, o que precisamos é que a sociedade inteira se movimente em prol de uma cultura contra a violência.

O número de mulheres empreendendo no Brasil quadruplicou de 2018 para cá. Na sua opinião, qual a razão para que tantas mulheres busquem esse espaço?

Quando eu fiz Fina Estampa, uma coisa que me impressionou foi descobrir a quantidade de mulheres que precisam cuidar da casa, dos filhos e fazem isso sozinhas. Isso dá à elas muita coragem, muita força para crescer através de um pequeno negócio. Elas não têm em quem se apoiar. Então, quando as mulheres descobrem um espaço em que podem aparecer, crescer, existir, elas vão à luta. Sem medo de nada. A coragem feminina é algo muito importante. Você pode perceber que, em uma situação de dificuldades, as mulheres geralmente estão sempre dispostas a enfrentar. Isso é muito bom, pois uma mulher guerreira serve de exemplo para outras. 

A Usaflex tem o respeito ao corpo feminino, a busca pelo conforto e a liberdade como ideais. Em sua perspectiva feminina, como você definiria o conceito de “bem-estar”? 

Bem-estar, para mim, é se sentir confortável com você mesma. Conforto não é apenas aquilo que você calça ou veste, é estar em um contexto confortável. Onde as pessoas não são hostis, onde há carinho, generosidade e empatia. Se você está bem com você, automaticamente tudo fica bom. O conforto também está muito ligado à empatia. Se colocar no lugar do outro é mais prazeroso do que tentar mostrar o que você é, o que você pensa. É preciso ter humildade, não se esquecer que as coisas são passageiras e o que importa é curtir a vida com bem-estar.

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