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Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial: qual a importância desta data?

Por Usaflex 14/03/2022

Você sabia que em 21 de março celebra-se o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial? Muita gente não sabe, por isso hoje vamos te contar porque foi criado esse dia e qual a sua importância no mundo atual. Confira!

Por que foi criado o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial?

Durante grande parte do século XX, mais precisamente entre os anos 1948 e 1994, a África do Sul esteve sob o regime do apartheid. Esta palavra, mundialmente conhecida, vem do africâner e significa ‘separação’. No dia 21 de março de 1960, mais de 20 mil sul-africanos negros saíram às ruas de Sharpville para protestar contra a Lei dos Passes. Esta era uma das inúmeras leis rascistas que segregavam os negros dos brancos. 

A manifestação pacífica terminou após uma resposta violenta por parte das Forças Armadas. À época, o episódio foi criticado por alguns países e pela Organização das Nações Unidas (ONU). Porém, nem os protestos nem essas represálias públicas foram suficientes para dar fim ao regime. Somente nos anos 90, mais de 30 anos depois do evento, é que a África do Sul experimentou suas primeiras eleições democráticas multirraciais. Na ocasião, o presidente eleito foi Nelson Mandela. 

Então, em lembrança ao triste acontecimento do dia 21 de março de 1960, também conhecido como Massacre de Shaperville, há alguns anos a ONU criou o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Mas a data não foi instituída somente para homenagear os mortos e feridos daquele fatídico dia 21 de março, também é um dia para o mundo refletir e discutir sobre o racismo. 

Sendo assim, anualmente a entidade internacional elege um tema para ser debatido no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Listamos aqui alguns exemplos de anos anteriores: Desqualificar o Racismo (2010); O papel dos líderes no combate ao racismo e à discriminação racial (2014); Promoção da tolerância, inclusão , unidade e respeito pela diversidade no contexto do combate à discriminação racial (2018).

Qual a importância do dia 21 de março?

Em 2020, o tema racismo tornou-se pauta na mídia mundial em decorrência da morte do estadunidense George Floyd. O vídeo que mostra um policial branco sufocando um homem negro correu o mundo e reacendeu o debate sobre a desigualdade racial e a violência policial nos Estados Unidos. 

O episódio também jogou luz sobre outros casos de violência contra a comunidade negra norte-americana, ocorridos anteriormente, como o assassinato de Breonna Taylor, John Crawford III e Rekia Boyd. Aqui no Brasil, o acontecimento foi ainda mais simbólico pois, na mesma época, o jovem João Pedro, de 14 anos, foi morto durante uma Operação Policial enquanto brincava na rua com amigos. 

Esses incidentes ganharam notoriedade porque resultaram em morte e chegaram à mídia, mas outros episódios de discriminação racial acontecem diariamente e não são denunciados. Mas por que eles acontecem? Para entender um pouco, podemos recorrer à História e aos dados. 

A discriminação racial em números 

A escravidão iniciou-se no Brasil em 1535 e teve fim em 1888. Nesses 353 anos, os negros sofreram com a violência física e psicológica, com a falta de liberdade, de saúde adequada e de educação formal. Além disso, foram privados de praticar a própria religião, de falar a própria língua e expressar a própria cultura.

Mesmo após a abolição, os ex-escravizados não receberam amparo do Estado. Por longos anos, não houve mobilização dos governos para diminuir a desigualdade e reparar a violência histórica. Muito pelo contrário, as pessoas de pele escura sofriam bastante com a discriminação e o preconceito. As consequências desse passado têm reflexos até hoje e os números podem provar. 

Segundo dados do IBGE, 56,10% dos brasileiros se declaram pretos ou pardos. Ainda de acordo com a instituição, em 2018 a média do rendimento domiciliar per capita dessas pessoas era de R$934 reais. Enquanto isso, a dos brancos era de R$1.846. No que diz respeito à pobreza, quase 33% da população negra estava abaixo da linha da pobreza, contra 15,4% dos brancos. O número de negros que vivem em extrema pobreza também é maior, representando 8,8% contra 3,6% da população branca. 

Essa desigualdade econômica tem reflexo direto em outras áreas, como a segurança. No Brasil, mais de 60% da população carcerária é composta por negros e pardos. Mas as diferenças não se limitam à economia e à segurança e se estendem à política, à justiça, à educação e à saúde. Por exemplo, as pessoas de pele preta não têm representação significativa nos poderes legislativo e executivo. Além disso, os negros são pouco presentes no judiciário (82,8% dos magistrados são brancos).

O empoderamento da mulher negra através da moda

No mundo da moda e da beleza a desigualdade também existe e está muito associada  aos preconceitos estéticos. Isso ocorre porque, ao longo de vários anos, era considerado belo a pele branca, os cabelos lisos, os olhos claros e o nariz fino. No Brasil, por exemplo, houve uma campanha de embranquecimento da população no início do século XX. Na época, acreditava-se que os brancos eram uma raça superior e, por consequência, mais bonita. 

Esse ideal de beleza, que se baseava em uma ideologia supremacista e eugênica dos séculos XIX e XX, excluía as afrodescendentes e as indígenas.  Obviamente, isso deixou marcas na cultura, de forma que a discriminação se perpetuou até o dias atuais.  Como resultado, muitas mulheres se submetem a procedimentos perigosos e invasivos – como alisamentos capilares com produtos químicos fortes. Tudo para serem aceitas. 

Representatividade na mídia

Mas, graças aos anos de luta, o cenário melhorou nos últimos anos. Um exemplo disso é a quantidade de mulheres negras assumindo seus cabelos crespos e cacheados com muito brio. O mundo fashion também está se tornando mais diverso. Hoje, há a presença cada vez maior de estilistas e modelos pretas nas passarelas das principais semanas de moda. 

A representatividade na mídia é importante para a autoestima. Isso porque as pessoas negras podem ver como a sua pele e o seus cabelos também são símbolos de beleza e orgulho. O público feminino, em especial, pode se inspirar nos looks, nos acessórios e nas makes. E sabemos muito bem que a autoaceitação e a autoestima saudável empoderam uma mulher e mulheres empoderadas mudam o mundo

Por esse motivo, neste Dia Internacional pela Eliminacação da Discriminação Racial, comemorado em 21 de março, convidamos a todas e todos a refletirem sobre o tema e ajudarem no combate a discriminação. Juntos, podemos construir um futuro mais igual, justo e feliz. 

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