Em 21 de setembro, celebra-se no Brasil o Dia da Luta das Pessoas com Deficiência. A data foi instituída no país em 1982, graças ao esforço de movimentos sociais, mas só tornou-se oficial em 2005, por meio de uma lei. Saiba a importância desta data e conheça o Projeto Pé de Igualdade, promovido pela Usaflex.
Conscientização é tudo!
O Dia da Luta das Pessoas com Deficiência tem por objetivo a conscientização da população para as lutas das pessoas com deficiência, como o direito à saúde, à educação, à moradia e ao trabalho. Mas essas lutas precisam ser abraçadas por todos, para que se possa atingir a dignidade, a igualdade e a representatividade dos deficientes nos diversos âmbitos da sociedade: cultural, político, econômico, educacional, etc.
A realidade brasileira
De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE), divulgado em 2021, mais de 17 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência. Desse total, 3,4% são deficientes visuais; 1,1% tem deficiência auditiva; 6,5% apresentam deficiência nos membros superiores ou inferiores e 1,2% possui deficiência intelectual.
Outra informação importante mostrada pela pesquisa do IBGE é que poucos deficientes estão inseridos no mercado de trabalho. Os dados revelam que somente 28,3% das pessoas PCD maiores de 14 anos integram a força de trabalho, número muito baixo comparado aos 66,3% dos não-deficientes. Esse resultado é preocupante, pois revela a falta de inclusão que há no Brasil quando se trata do acesso ao trabalho.
A Usaflex acredita que a inclusão e a diversidade trazem diversos benefícios ao país, à sociedade e às instituições. Por isso, possui o projeto “Pé de Igualdade”, que promove a capacitação profissional de jovens e adultos com deficiência e os insere no mercado de trabalho. A empresa acredita na inclusão, pois é através do trabalho que a pessoa se emancipa, se liberta e tem condições de exercer a sua própria cidadania.
Projeto “Pé de Igualdade”
O “Pé de Igualdade” é um projeto da Usaflex que fomenta a inserção de profissionais PCD no mercado de trabalho. Isso é feito de duas maneiras: primeiro, de forma direta, em que o próprio interessado, ou sua família, procuram a Usaflex em busca de uma oportunidade. Também é possível que esse primeiro contato se dê por meio de uma parceria que a empresa possui com o Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, onde os jovens fazem um curso profissionalizante de dois anos, incluindo etapas teóricas e práticas.
No primeiro módulo, os jovens PCD aprendem, em sala de aula, as noções de limites, obediência às regras, trabalho em equipe, importância do bom relacionamento com os colegas e uma série de conteúdos que os preparam para o mundo profissional. Na sequência, vem o estágio supervisionado de um ano dentro da empresa, onde se desenvolvem as habilidades aprendidas. Ao final do curso, há uma cerimônia de formatura e, enfim, os jovens estão prontos para serem colaboradores da Usaflex!
“Nossa caminhada até aqui nos mostrou que as pessoas com deficiência precisam ser acolhidas, ouvidas, respeitadas e, acima de tudo, ter acesso a uma oportunidade de trabalho desfrutando dos mesmos direitos e deveres das outras pessoas. Atualmente, nosso quadro de colaboradores possui 156 PCDs, sendo 49 pessoas com deficiência física, 44 intelectual, 32 mental, 25 auditivos, um múltiplo e 5 visuais. Verdadeiros talentos que nos surpreendem todos os dias ao demostrarem suas habilidades profissionais”, destaca Angela Pandolfo Rambo, Assistente Social da Usaflex.
E para entender melhor o impacto do projeto “Pé de Igualdade” na vida dos profissionais e celebrar o Dia da Luta das Pessoas com Deficiência, batemos um papo também com Milena Gabriela Nunes. Ela é deficiente auditiva e trabalha no setor produtivo da empresa há três anos. Confira!
Milena, conte-nos como você entrou na Usaflex e como é a sua rotina de trabalho?
Eu entrei na Usaflex por intermédio de amigos que falavam bem da empresa. Diante disso, deixei meu currículo. A minha rotina começa bem cedo: eu passo a maior parte do dia na empresa, onde também faço minhas refeições ao meio-dia. No restaurante, eles oferecem uma alimentação saborosa e saudável, com um cardápio preparado por nutricionistas. Na maior parte do tempo tenho convívio com os colegas de produção. Terminando meu expediente, retorno ao meu lar, descanso e começo minha rotina de estudos, pois faço faculdade. Além disso, recentemente, tive a oportunidade de me inscrever no “Talento Usaflex”, que é o programa interno de desenvolvimento que pode me abrir espaço para uma promoção.
Como você avalia sua experiência na empresa?
Posso dizer que minha experiência na Usaflex está sendo uma ótima oportunidade de estar ativa no mercado de trabalho. Como PCD (Deficiente Auditiva), tenho tratamento de igual para igual dentro da empresa – da qual me orgulho em fazer parte. Eles reconhecem o trabalho da equipe e mostram que nunca estamos sozinhos; estamos sempre juntos crescendo profissionalmente e pessoalmente.
Qual a importância do projeto “Pé de Igualdade”?
O “Pé de Igualdade” é um programa importante para inclusão de deficientes no mercado de trabalho. Ele contribui para o desenvolvimento dos colaboradores PDCs, de forma que eles podem conquistar sua própria autonomia na construção de carreira.
Que conselho você daria para outras empresas que ainda não abraçam as pessoas PCD em seus quadros de funcionários?
Acho que as empresas devem abraçar a inclusão o quanto antes. Somente através da contratação de PCD eles vão ver o quanto o ser humano tem potencial. E eles vão perceber que deficiência não é uma barreira que impede de se mostrar os talentos!