O Brasil perde hoje uma de suas mulheres mais notáveis. Rita Lee Jones, a icônica cantora, compositora, escritora, atriz e multi-instrumentista brasileira, faleceu em sua residência, em São Paulo, ao 75 anos.
Rita Lee foi muito mais que uma cantora; ela foi uma revolução em forma de mulher. Com suas letras provocativas, ela desafiou normas, quebrou barreiras e abraçou a rebeldia intrínseca do rock. Muitas vezes considerada a “Rainha do Rock Brasileiro”, Rita foi a voz da contracultura nos anos 60 e 70, marcando uma era com sua presença vibrante e imortalizando-se na história da música brasileira.
Uma trajetória inigualável
Nascida em São Paulo em 1947, Lee foi pioneira em muitos aspectos. Ela foi uma das fundadoras da banda Os Mutantes, um grupo que desempenhou um papel importante na inovação da música brasileira, dando vida ao movimento Tropicalista. Suas canções, muitas vezes audaciosas e irônicas, desafiavam o status quo e faziam comentários sociais agudos.
Após sair dos Mutantes, Lee embarcou em uma carreira solo bem-sucedida que durou décadas. Com sua voz inconfundível e letras inteligentes, ela continuou a empurrar os limites da música brasileira. Clássicos como “Ovelha Negra”, “Mania de Você” e “Lança Perfume” são apenas alguns dos inúmeros sucessos que ela nos deixou.
Rita além da música
Mas Rita Lee era mais do que sua música. Ela também foi uma ativista fervorosa dos direitos dos animais, dedicando boa parte de sua vida à causa. Em suas próprias palavras, ela era uma “ovelha negra” que se recusava a seguir o rebanho, que sempre lutou pelo que acreditava e nunca teve medo de ser autêntica.
Rita Lee foi uma luz brilhante, um farol para todas as mulheres que desejavam expressar-se livremente, sem medo de julgamentos ou repreensões. Ela mostrou que as mulheres podem ser poderosas e vulneráveis, rebeldes e carinhosas, ousadas e profundamente humanas. Ensinou que sermos nós mesmas, em todas as nossas complexidades e contradições, é o verdadeiro triunfo.